Manual do Jovem Orientista


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PREFÁCIO    -   por  Sergio G. Brito

Conheci João Manoel Franco há mais de 20 anos, nem lembro quando nem onde, mas lembro que aquele jovem sargento já era atleta da Força Aérea na categoria Elite (parece que já nasceu nela).
Seu nome sempre esteve ligado ao esporte Orientação, quer como mapeador caprichoso e perito desde 1993 (o primeiro no Brasil a utilizar o Ocad, ainda o 4.0), ou como montador de eventos para diversos níveis civis e militares, ou ainda como treinador por três anos dos cadetes da Academia da Força Aérea.
Este paulista de Bauru, contribuiu com sua inteligência e iniciativa para o desenvolvimento da Orientação no Brasil, especialmente no Rio de Janeiro, onde chegou em 1990. As poucas competições militares já não o satisfaziam. Por isso, juntou-se aos pioneiros do Floresta Clube de Orientação, e mais tarde na fundação da Federação de Orientação do Rio de Janeiro – FORJ, para divulgar o esporte no meio civil.
Com outros amigos, tive o prazer de mapearmos juntos a Floresta da Tijuca /1994, Fazenda Arvoredo/1996 e a UFRural para o II Troféu Brasil de Orientação/1998. Nossas rotas se afastaram e sei que ele não parou mais de mapear o Brasil.
Mas foi como atleta de elite que Franco se tornou uma referência entre os orientistas. Começou no esporte aos 16 anos de idade e bastaram somente mais 2 anos de treinamento para chegar ao nível máximo no Brasil, competir o Campeonato de Orientação das Forças Armadas – CAMORFA ... e já chegou conquistando o 2º lugar aos 18 anos de idade!
Presente ao pódio em quase todos os campeonatos militares que participou, tri-campeão individual das Forças Armadas e vice-campeão por quatro vezes consecutivas – isto após os 35 anos de idade – aos 40 anos voltou a vencer um percurso longo do CAMORFA. Representou o Brasil em 7 (sete) Campeonatos Mundiais Militares.
Como seu treinador, pude observar a dedicação na preparação física, nos trabalhos técnicos e percursos. Empenho premiado com o melhor resultado brasileiro no revezamento (ele passou em 2º e a equipe terminou em 7º lugar) e melhor geral por equipe (6º lugar), no Mundial Militar do CISM, em 1992, onde contribuiu sendo o 20º colocado individual, terceira melhor marca entre os orientistas brasileiros, quando era considerada a soma dos tempos nos dois percursos.
Em campeonatos civis “brinca à vera”, é bicampeão Sul-Americano Elite, entre outros títulos estaduais e nacionais.
Justamente condecorado com a Medalha do Mérito Desportivo Militar, em reconhecimento pelos resultados esportivos e pelo trabalho em favor do esporte.
Qual o seu segredo? Ele mesmo nos conta neste excelente Manual do Jovem Orientista: “Bons resultados estão sempre associados a um bom condicionamento físico, técnico e mental. Dedicação para aprender e apreender as técnicas, desenvolvendo a capacidade de corrida para competição de alto nível.”
Com seu jeito sereno, sério e humilde, Franco nos diz que continua aprendendo na orientação ao ensinar o que sabe para jovens iniciantes no esporte. E como tem para ensinar! Aproveitem esta gostosa leitura feita para jovens iniciantes e para todos nós que amamos este esporte.

Boas rotas, PIAU! 

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