2 de set. de 2012

Manual do Jovem Orientista: Dica nr 26

 Dica no 26: Use sempre um relógio.
 
O uso de relógio é importante para a segurança do orientista, além de ser útil para conferirmos nosso desempenho nos treinamentos. O básico é termos um relógio com cronômetro e que seja à prova d’água, pois é muito comum fazermos percurso com chuva. Depois desse tipo básico, o melhor é um com cronômetro com memória, podendo gravar 50 ou 100 tempos, para marcarmos os tempos a cada ponto de controle, principalmente nos treinamentos e competições sem apuração eletrônica. O registro de tempo ponto a ponto permite uma boa análise do percurso, considerando como fomos em cada trecho. Os modelos ideais são os relógios com marcação dos batimentos cardíacos, além de memória para resgatar os tempos e batimentos, com interface para passar os dados direto para um computador. O controle da frequência cardíaca é importante para os atletas de elite, para um treinamento mais adequado, mas pode ser útil para outros atletas experientes que valorizam um treinamento programado e eficiente.



Para os iniciantes, uma função importante do relógio é informar a hora que devem ir para a chegada, depois de passar muito tempo na área, mesmo sem ter completado o percurso. Os responsáveis ficam preocupados quando os iniciantes demoram muito a chegar, por isso costumam marcar um horário limite para retornar do percurso. 


Quando temos dificuldades num treinamento ou competição, pode ocorrer de perdermos muito tempo em alguns pontos, isto é muito comum com alguns novatos. Pode acontecer de errar na navegação e perder muito tempo para se relocalizar. Se o tempo total começar a passar de duas horas, o treinamento deixa de ser produtivo. Mesmo que seja em competição, passa a ser muito desgastante e pouco proveitoso após a segunda hora. A única exceção pode ser no caso do limite para concluir o percurso ser de até três horas e houver a possibilidade de somar tempo para uma equipe. Mas no caso de passar de duas horas, geralmente é melhor deixar de lado os últimos pontos e ir direto para a chegada, onde as pessoas que os acompanham já começam a ficar preocupadas devido à demora. Fazendo assim há melhores chances de fazer melhor nos próximos percursos, sem se desgastar além do necessário.


Na condição de estar no meio da floresta, é melhor pegar o azimute de fuga, isto é, sair de onde estiver na direção geral para uma estrada principal ou cerca de limite da área, a partir da qual podemos chegar facilmente à área de chegada. Por causa do cansaço físico, é melhor buscar uma navegação fácil até a chegada, mesmo que aparentemente seja uma rota mais longa.



Podemos aprender com nossos erros, mas é melhor aprender acertando, por isso não é bom insistir por muito tempo depois de um erro grande. Nos treinamentos às vezes é melhor desistir de um ponto difícil de encontrar e passar para os pontos seguintes, analisando depois com os colegas o motivo do erro. Os erros em que se perde tempo demais não são bons para o aprendizado.



Muitas vezes o novato não conhece ainda a técnica mais adequada para um determinado tipo de ponto de controle, fica mais difícil aprender sozinho, e somente pela conversa com o técnico ou colega mais experiente é que ele vai saber qual seria a atitude mais adequada na situação em que errou.


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